Nietzsche, a Selvagenzinha e a Alguém

Nietzsche, a Selvagenzinha e a Alguém

Nietzsche, a Selvagenzinha e a Alguém by Miriam Waltrick Tinha 7 anos de idade quando ouviu, pela primeira vez, a sentença da tia: “ela é uma selvagenzinha”. O motivo? Não conseguia se comportar como as primas, como princesinhas. E tudo era sempre motivo de comparações! – elas, as meninas comportadas, sempre com laçarotes na cabeça … Continue reading

A Aurora e o Poente

A Aurora e o Poente

A Aurora e o Poente by Miriam Waltrick Ela se foi no ano de 1977. Dela me restaram, apenas, um frasco de perfume pela metade e fotos em preto-e-branco, já amarelecidas pelo tempo. Enquanto as imagens levariam anos para desbotar, um dia após a sua passagem para a Terra Nullibi, todas as cores do mundo … Continue reading

Do Fruto Proibido

Do Fruto Proibido

Do Fruto Proibido By Miriam Waltrick Desculpou-se. Desculpou-se consigo mesmo. Desculpou-se com ela. Desculpou-se com a musa que lhe inspira de ponto em post. Desculpou-se, não de qualquer jeito, mas de um jeito tão-seu. Desculpou-se com aquela que já lhe toma o corpo, a alma, o pensamento, a direção, os sentidos. Desculpou-se sem abrir mão … Continue reading

O Corvo

O Corvo

O Corvo Criou um corvo, que lhe arrancou os olhos, que lhe devora o fígado Criado está o corvo, lhe extirpará a alma, até que não reste corpo Corvo de matéria: nascido em branco, Corvo de alma: coloriu-se em negro, Corvo de poeira: desfar-se-á em cinza. Miriam Waltrick

Do café com sal

Do café com sal

Do café com sal Ele a viu, pela primeira vez, numa festa. Enquanto ela se sobressaía, rodeada por rapazes que a disputavam, ninguém dava atenção a ele. No final da festa, ele a convidou para um café. Ela ficou surpresa mas, por educação, aceitou. Eles sentaram-se à mesa do Café. Ele estava muito nervoso para … Continue reading

Da Sombra: o “suicídio involuntário”

Da Sombra: o “suicídio involuntário”

Da Sombra: o “suicídio involuntário” by Miriam Waltrick “Nós paramos de procurar monstros embaixo de nossas camas quando percebemos que eles estão dentro de nós.” (Dexter) Se observarmos atentamente, boa parte das queixas provenientes de pessoas que conhecemos, seja virtual ou pessoalmente, demonstram, claramente, o casamento do ego com a sombra – são os famosos … Continue reading

Metamorfose Ambulante

Metamorfose Ambulante

  Metamorfose Ambulante Mudei porque amadureci. Mudei porque passei por tantas e diversas experiências, que consegui aprender com os meus próprios erros. Mudei porque me decepcionei com algumas pessoas que se diziam amigas. Mudei porque me decepcionei com amores. Mudei porque conheci pessoas tão especiais, que fui capaz de me inspirar e me espelhar nelas … Continue reading

Miriam Waltrick, prazer em conhecê-lo!

Miriam Waltrick, prazer em conhecê-lo!

Miriam Waltrick, prazer em conhecê-lo! Não sou perfeita, mas acho que estou na média. Não tenho barriga de tábua ou corpo modelado por academia. Adoro comer sorvete direto do pote, sou louca por doces, tomo café como se bebe água, nunca almoço ao meio-dia, assisto à novela das 8, sou apaixonada por cavalos e espadas, … Continue reading

O Destino e a parte que me cabe…

O Destino e a parte que me cabe…

O Destino e a parte que me cabe… O encontro. A separação. O reencontro. O eterno ir e vir. A Grande Roda gira ritmada e incessantemente, alheia aos clamores estéreis. Quando um coração insiste em seguir caminho, mesmo que acidentado, resistindo a todos os conselhos para que se aquiete, a agonia é grande, assim como … Continue reading

O desencanto

O desencanto

O desencanto by Miriam Waltrick Sabe aquela hora em que tu te olhas no espelho, encara a realidade e admites que é “ela” a tua única e mais tenebrosa inimiga? Como fui entrar nesta canoa furada? Eu, logo eu, que trabalho na confecção de textos (quase) todos os dias da minha vida; que sei o … Continue reading

Mania Nacional

Mania Nacional

Mania Nacional by L. Menezes Brasil, um país de todos! Avança,Brasil! Brasil, ame-o ou deixe-o! Brasil, país rico é país sem miséria! Slogans… tributação de ideias, cartas marcadas de um jogo viciado, de uma “Morte e Vida Severina”, de “Vidas Secas”. Em um país riquíssimo a miséria impera – em todos os sentidos – indo … Continue reading

Ave Die

Ave Die

Ave Die by L. Menezes A toyota Bandeirante branca estacionou defronte do pequeno bar. Ruço abriu a porta depois de cuidadosa busca visual no recinto. Era um homem de pequena estatura, barrigudo, do tipo que não despertava suspeitas. O rosto bonachão, adornado por farto bigode, mais o identificava como um proprietário de quitanda do que … Continue reading

O vento que balança as árvores

O vento que balança as árvores

O Vento Que Balança As Árvores By L. Menezes O vento balançava os mantos verdes, carregados de frutos, das árvores na Praça 12 de Agosto. A meninada, naquela manhã quente de verão, rodopiava em volta dos troncos das mangueiras, sapotizeiros, jaqueiras e jambozeiros, recolhendo os frutos, de acordo com a época, que caíam todos os … Continue reading

Ocaso Marrom da Cor do Céu…

Ocaso Marrom da Cor do Céu…

Ocaso Marrom da Cor do Céu… by Luiz Alberto Primeiro… viemos em naus de velas brancas tingidas do vermelho-vergonha! Ao som do chicote se emudecia o choro da saudade… do mato das savanas! A juba dos leões é visão distante, seu rugir desconhece os ouvidos… Buana! Buana! Que troca injusta, o rugir da fera pelo … Continue reading

Freemind – Essa “tal” liberdade de pensamento

Freemind – Essa “tal” liberdade de pensamento

Freemind – Essa “tal” liberdade de pensamento by Miriam Waltrick “O (…) seu paradoxo, Dr. Breuer, é que você se dedica à busca da verdade, mas não consegue suportar a visão de sua descoberta.” (Fala de Nietzsche in: “Quando Nietzsche chorou”, de Irvin D. Yalom) O problema de todo o fanático é não se perceber … Continue reading

Sombra de si mesmo

Sombra de si mesmo

Sombra de si mesmo by Miriam Waltrick Há pessoas que parecem ter virado sombras de si mesmas. Vagam sem rumo, percorrem caminhos já trilhados e malhados por milhares de outros. Não obstante, o fogo interno – a “benção” a ser cumprida – as consome dia e noite. Negam e renegam o chamado, até que a … Continue reading

A Tempestade

A Tempestade

A Tempestade by Luiz Alberto Ela chegou impetuosa! Vestida em ventos fortes, despida da simplicidade de uma brisa suave… remove meu ser em chuvas torrenciais, molha minha alma até o último espirro – enquanto busco abrigo do frio – jogando meu corpo de um lado a outro da minha rua interior. Os dedos enregelados, o … Continue reading

Pedras de Epitáfio

Pedras de Epitáfio

Pedras de Epitáfio By L. Menezes Sempre afirmei possuir um assunto mal resolvido com a Gramática. Atropelam-me os textos truncados, não por vontade própria, senão por minha incapacidade de respeitar as sagradas runas da nossa língua camonesca. Quase todos que leem meus artigos, contos, poemas (nem tanto estes por causa da licença poética) e outras … Continue reading

A espada que salva é a mesma que fere

A espada que salva é a mesma que fere

A espada que salva é a mesma que fere. by Miriam Waltrick Sempre acabamos atraindo, para nossas vidas, pessoas necessárias. Elas podem aparecer para nos ajudar ou (tentar) atrapalhar, nos empurrar de um precipício ou dar a mão, concordar conosco ou discordar veementemente, nos machucar ou trazer a cura, nos abandonar ou estreitar laços, nos … Continue reading